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sábado, 29 de junho de 2013

ALERTA: Greve geral de 1º de julho não tem amparo legal, diz especialista.

Organizada pelas redes sociais, evento foi retirado do Facebook depois de centenas de milhares de confirmações.

Convocada em eventos no Facebook e postagens no YouTube e no Twitter, a greve geral anunciada para o dia 1º de julho não tem amparo na legislação, e o trabalhador que se ausentar de seu emprego baseado na convocação de paralisação poderá sofrer sanções legais, como uma advertência e o desconto do dia de trabalho, afirmou o professor de Direito do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB) Victor Russomano.

“Não existe amparo legal (para esse movimento). (...) Greves têm exigências legais como uma decisão de assembleia da categoria, comunicação da greve com 48 ou 72 horas de antecedência (entre outros), requisitos que não estão sendo cumpridos”, afirmou o professor.

De acordo com o especialista, o trabalhador que deixar de ir a seu emprego terá uma ausência injustificada e pode sofrer as sanções previstas nesses caso: o desconto do dia não trabalhado no salário e uma advertência. “Mas fica a critério do empregador”, disse Russomano.

Sindicatos não apoiam movimento
"Nem a CUT nem as demais centrais sindicais, legítimas representantes da classe trabalhadora, convocaram greve geral para o dia 1º de julho", diz o texto da central sindical, que acusa "grupos oportunistas" pela criação do evento no Facebook. "A convocação para a suposta greve geral do dia 1º, que surgiu em uma página anônima do Facebook, é mais uma iniciativa de grupos oportunistas, sem compromisso com os/as trabalhadores/as, que querem confundir e gerar insegurança na população. Mais que isso: colocar em risco conquistas que lutamos muito para conseguir, como o direito de livre manifestação", afirma a CUT. "É preciso tomar muito cuidado com falsas notícias que circulam por meio das redes sociais", completa a nota.
Acusado pela CUT de ajudar a ação de "grupos oportunistas", músico nega relação com partidos e critica impunidade a corruptos
Criador do evento no Facebook que angariou o apoio de mais de um milhão de internautas para a convocação de uma greve geral no dia 1º de julho, o músico Felipe Chamone se vê no centro de uma onda de especulações quanto à real motivação para os protestos. Desautorizado pela Força Sindical e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) - que vê no anúncio da greve geral a ação de "grupos oportunistas" que pretendem gerar insegurança na população -, Chamone nega relação com qualquer partido. "Nunca fui fã de política", afirmou o músico em entrevista exclusiva para o Terra.

Crítico da classe política e avesso a perguntas sobre sua orientação partidária, Chamone afirma que tinha como objetivo colaborar com uma alternativa às manifestações violentas no País. "Foi a forma que eu vi de poder ajudar nessa transformação do Brasil, sem que o pessoal precisasse ir pra rua quebrar pau, com esses manifestos violentos que estão ocorrendo aí. Foi uma forma mais pacífica de fazer essas reivindicações", justificou.

Fontes: Portal Terra

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