ALERTA: Greve geral de 1º de julho não tem amparo legal, diz especialista.
Organizada pelas redes sociais, evento foi retirado do Facebook depois
de centenas de milhares de confirmações.
Convocada em eventos no Facebook e postagens no YouTube e no Twitter, a
greve geral anunciada para o dia 1º de julho não tem amparo na legislação, e o
trabalhador que se ausentar de seu emprego baseado na convocação de paralisação
poderá sofrer sanções legais, como uma advertência e o desconto do dia de
trabalho, afirmou o professor de Direito do Trabalho da Universidade de
Brasília (UnB) Victor Russomano.
“Não existe amparo legal (para esse movimento). (...) Greves têm
exigências legais como uma decisão de assembleia da categoria, comunicação da
greve com 48 ou 72 horas de antecedência (entre outros), requisitos que
não estão sendo cumpridos”, afirmou o professor.
De acordo com o especialista, o trabalhador que deixar de ir a seu
emprego terá uma ausência injustificada e pode sofrer as sanções previstas
nesses caso: o desconto do dia não trabalhado no salário e uma advertência.
“Mas fica a critério do empregador”, disse Russomano.
Sindicatos não apoiam movimento
"Nem a CUT nem as demais centrais sindicais, legítimas
representantes da classe trabalhadora, convocaram greve geral para o dia 1º de
julho", diz o texto da central sindical, que acusa "grupos
oportunistas" pela criação do evento no Facebook. "A convocação para
a suposta greve geral do dia 1º, que surgiu em uma página anônima do Facebook,
é mais uma iniciativa de grupos oportunistas, sem compromisso com os/as
trabalhadores/as, que querem confundir e gerar insegurança na população. Mais
que isso: colocar em risco conquistas que lutamos muito para conseguir, como o
direito de livre manifestação", afirma a CUT. "É preciso tomar muito
cuidado com falsas notícias que circulam por meio das redes sociais",
completa a nota.
Acusado pela CUT de ajudar a ação de
"grupos oportunistas", músico nega relação com partidos e critica
impunidade a corruptos
Criador do evento no Facebook que angariou o apoio de mais de um milhão
de internautas para a convocação de uma greve geral no dia 1º de julho, o
músico Felipe Chamone se vê no centro de uma onda de especulações quanto à real
motivação para os protestos. Desautorizado pela Força Sindical e pela Central
Única dos Trabalhadores (CUT) - que vê no anúncio da greve geral a ação de
"grupos oportunistas" que pretendem gerar insegurança na população -,
Chamone nega relação com qualquer partido. "Nunca fui fã de
política", afirmou o músico em entrevista exclusiva para o Terra.
Crítico da classe política e avesso a perguntas sobre sua orientação
partidária, Chamone afirma que tinha como objetivo colaborar com uma
alternativa às manifestações violentas no País. "Foi a forma que eu vi de
poder ajudar nessa transformação do Brasil, sem que o pessoal precisasse ir pra
rua quebrar pau, com esses manifestos violentos que estão ocorrendo aí. Foi uma
forma mais pacífica de fazer essas reivindicações", justificou.
Fontes: Portal Terra
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