Defina: Arrogância
Texto extraído do blog Blog Mente aberta
A ARROGÂNCIA: o mal ela faz.
Nariz em pé, topete alto, olhar para
cima, ouvidos tampados são apenas alguns sinais que insinuam o rosto da
arrogância.
Velha conhecida de todos nós, ela é
a genuína expressão dos tolos que acreditam ter poder.
É um mal democrático.
Adoece porteiros, médicas,
professores, jornalistas, flanelinhas, advogadas, executivos, ongueiros,
cientistas.
Seu mais grave sintoma é a perda da
capacidade de ouvir.
O arrogante se acha o máximo.
O rei da cocada preta.
A chefa do terreiro.
O comandante da banda.
O abre-alas da situação.
Muitas vezes, não faz isso por
maldade.
Mas, porque acredita mesmo que a
verdade o escolheu.
Sigam-me ou sigam-me, é o brado da
arrogância.
Só eu sei como preparar o melhor
suflê.
Só eu sei como escrever bem.
Só eu sei como conduzir o barco à
praia.
Eu tenho a resposta
independentemente da pergunta.
Repare que não existem bebês arrogantes.
A arrogância não é inata.
Ela é uma construção.
Tem a ver com ideias de
superioridades.
Uma classe mais endinheirada.
Uma raça e um gênero dominantes.
Uma nação mais armada.
No lugar de "eu tenho a força" da personagem de
quadrinhos He-Man, o arrogante brada: "Eu tenho a verdade!"
Ora, quem arroga a verdade não
necessita ouvir as verdades dos outros.
Por isso, também, o indivíduo
arrogante se sente meio sozinho.
Mas, antes de apontarmos os dedinhos
para os arrogantes de plantão é bom procurar por sintomas do mal em NÓS
mesmos.
Porque, não tenho dúvida de que todo
mundo tem lá suas arrogâncias.
Por exemplo, quando jovem, fui bastante
arrogante.
Estudante da Universidade Federal,
militante da tendência "Liberdade e Luta", me achava o máximo!
Acreditava que apenas eu e meus amigos
sabíamos como mudar o mundo.
Foi doce a ilusão e a azeda a decepção.
Pois, o mundo muda, sim, mas não com
a vontade e a verdade de alguns.
Ele muda com o desejo e a força de
muitos.
E, nenhuma mudança ocorre sem
contradições e vozes dissidentes.
Remédio contra a arrogância?
Deixar a folha de vida correr.
Prestar atenção nas pessoas e na
maneira de cada um resolver os problemas. Você irá se surpreender com as
soluções encontradas pelos outros
Fernanda Pompeu - Blog Mente aberta
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